quinta-feira, 29 de abril de 2010

Albamar

Amigos e amigas,

logo que voltei de férias fui a um restaurante recém reinaugurado no Rio de Janeiro: o Albamar. Para quem nunca ouviu falar, o Albamar era um restaurante clássico na praça XV há décadas atrás. Com uma vista privilegiada para a baía de Guanabara, o restaurante fica localizado naquela torre, bem no início da praça XV, de frente para o museu da marinha.

Para se chegar no restaurante é necessário subir as escadas ou pegar um elevador apertado que cabem apenas 3 pessoas. Ao sentar na mesa, a sensação que se tem é que se está em um navio, devido a linda vista.


O carro chefe do Albamar é basicamente peixes e frutos do mar. Tem outras opções, mas... Bom, eu sempre recomendo a pedir a especialidade da casa... Assim, pedi um Pargo com Vôngole, ao molho de tangerina, acompanhado de abrobrinha. O Pargo é um dos peixes que eu mais gosto e este não decepcionou.

Uma taça de vinho branco transformou o almoço em um banquete. Cefiro, Viña Casablanca, se eu não estiver confundindo! É um vinho chileno feito a base de uvas Sauvignon Blanc - não tão seco quanto os clássicos Chardonnay, possui um leve adocicado ao fundo. É sem dúvida um vinho de menina!


Vale comentar que ficamos meio perdido até localizarmos como chegar até a antiga torre da praça XV em que o restaurante fica localizado. Também estranhamos a entrada, com diversos pescadores no entorno. Confesso que achei o restaurante um tanto caro... No entanto a vista é agradabilíssima e a simplicidade do lugar esconde um passado de glória e tradição.

É... Mesmo com todos os "poréns", acredito que com vista deslumbrante proporcionada, fica o Albamar como uma dica alternativa para o dia das mães!


Beijos e abraços,

PS. Amigos do blog, Leandro, Gustavo e Gabriel acabam de lançar um blog altamente antenado com tudo. O blog se chama "É PAPUDIMALUCO!!!!" - escrito com sotaque carioca!Como eles mesmos definem, o blog deles fala "da gota d’água ao oceano. Do grão-de-areia ao deserto. Prosa e poesia. Futebol, música e carnaval…"

Fala inclusive de vinhos (de supermercado - será que existe esta categoria?!). Vale a pena conferir, okay?

http://papudimaluco.wordpress.com/2010/05/04/vinho-de-supermercado-alandra/

Twitter
@viverparacomer



Albamar
Praça Marechal Âncora, 186 - Centro
Tel.: (21) 2240-8378

domingo, 25 de abril de 2010

Noosa Heads, Byron Bay e Brisbane

Amigos e amigas,

chegamos no último post da trilogia Austrália. No entanto, da mesma forma que os três mosqueteiros, que na verdade eram quatro se contarmos com o D'Artagnan, prometo escrever mais um sobre a Nova Zelândia - outro país, mas na mesma viagem pela Oceania.


A Austrália, ao contrário da Nova Zelândia, é um país enorme - pode até ser considerado um país continental. Ela é dividida em basicamente 7 estados/territórios e um distrito federal: New South Whales, Queensland, Victoria, Tasmania, South Australia, Western Australia e Northern Territory. Além desses estados, há ainda o ACT (Australian Capital Territory), que é o distrito federal, onde se encontra a cidade Canberra - a Brasília dos australianos.

Após esta introdução sobre a geografia australiana, assumo que mudei o nome deste post, pois das cidades acima descritas no título, somente Noosa Heads faz parte do Sunshine Coast - título inicial elaborado. Na verdade o Sunshine Coast é uma região, dentro do estado de Queensland, que compreende as cidades de Caloundra, Maroochydore, Mooloolaba, Coolum e, como dito, Noosa Heads. Brisbane é a capital do estado de Queensland e Byron Bay nem no mesmo estado fica - está situada ao norte do estado de New South Whales.


Das três cidades, Brisbane é a mais populosa. Na verdade, Brisbane, além de ser a capital do estado de Queensland, é a terceira cidade mais populosa da Austrália, com cerca de 2 milhões de pessoas (incluindo a área metropolitana).

Byron Bay, como dito mais acima, fica no estado de New South Whales, a cerca de 165km ao sul de Brisbane. De carro se chega lá em 2 horas e meia, saindo de Brisbane. Já Noosa Heads está a 139km ao norte de Brisbane, no estado de Queensland, também cerca de 2 horas e meia da capital.


Lembro que nesta parte da viagem fomos hospedados e guiados, na região, pelo casal Fernando Camacho e Chris - morando há mais de 2 anos em Brisbane, juntamente com sua filha, Júlia, esse casal gourmet conhece mais "trendies" restaurantes do que muitos australianos... Bom, ao menos os restaurantes de Brisbane e adjacências, é claro!

Vamos detalhar cada cidade apresentando alguns restaurantes característicos

I) Noosa Heads, Queensland


Noosa é realmente uma cidade de férias. É difícil não se encantar com a cidade. Para nós brasileiros, a primeira impressão é lembrar de Búzios e das ruas das pedras: há apenas uma rua principal onde se encontram diversas lojas fashions, os restaurantes e etc.

Atrás dessa rua principal está a praia de Noosa que é considerada o paraíso para os Longboarders e/ou surfistas iniciantes. Uma direita que quebra por toda a praia, cheia e que não fecha nunca. Lembra a lendária onda de Itapuca (Niterói) ou a do Posto 6.

Quando a ondulação entra grande, aí sim a onda fica mais divertida e ganha mais força e parede.

No tocante aos restaurantes da região, há muitas boas opções em Noosa ou próximo a Noosa:

I.1) Lindoni's Ristorante Italiano
13 Hastings Street, Noosa Heads
Tel.: +61 (07) 5447-5111
http://www.lindonis.com.au/

Em nossa primeira noite, o casal gourmet Camacho e Chris, nos levou a este maravilhoso italiano. Chegamos tarde, por volta das 21 h, mas conseguimos uma mesa para jantarmos.

O cardápio era de um restaurante italiano clássico. Fomos atendido por um garçom poliglota que falava francês, italiano, inglês e... só! rs... Tentei falar em português com ele, mas aí não deu!

O restaurante é muito bonito, com uma varanda para essa rua principal. Lembro de existir uma fonte em sua entrada também muito bonita.

Pedimos bruschetas, massas, gnochis, risotos etc. Tudo muito gostoso. Tudo muito atencioso.

I.2) Spirit House Restaurant
20 Ninderry Rd, Yandina - Queensland
Tel.: +61 (07) 5446-8994
http://www.spirithouse.com.au/


Chegar no Spirit House é para pessoas espirituosas. Ele fica na estrada, cerca de 1 hora de Noosa. Não é fácil... Mas vale muito a pena se perder para encontrar essa pérola na costa do sol da Austrália. E, precisa fazer reserva, pois o restaurante é a sensação da região de Sunshine Coast. Todos que estão nas proximidades vão a esse restaurante.

O restaurante oferece comida thai de excelente qualidade. A sua localização é em um sítio com decoração asiática. Há na entrada do sítio uma casa destinada a alunos que queiram aprender os segredos da cozinha tailandesa.

Adentrando no terreno, há um restaurante lindo, de frente para um grande lago. Parte das mesas ficam em cima de uma varanda com vista para o lago... Parte das mesas ficam em uma bancada mais baixa, de frente para a floresta do próprio sítio.

Pedimos algumas entradas bem thai: salada de manga (bem apimentada), siri mole e uns chips de camarão.


Como prato principal, teve um Wagyu Beef ao molho de mild red curry e um peixe Barramundi com um molho de tamarindo picante. Em inglês, o nome do prato é Whole Crispy Reef Fish with Tamarind Chilli Sauce. O Barramundi é um peixe típico australiano, conhecido por ter escamas grandes. Assado, o peixe não era bonito. Também não me perguntem como o peixe conseguiu ficar de barriga em pé no prato... (Ver foto abaixo)Única coisa que eu posso dizer é que o peixe era gostoso para dedéu!


De sobremesa, dividimos uma espécie de torta mousse de chocolate com um sorvete de anis estrelado. Havia umas uvas caramelisadas também, no prato em que foi servido... Todos gostaram muito. Em especial, do sorvete de anis estrelado, que possuía um sabor que remetia à canela - muito engraçado, pois esse anis estrelado, comum no Brasil, viraria um grande carrasco em Byron Bay, em um restaurante que será descrito a seguir.


Pra finalizar, tomamos o clássico chá digestivo da Austrália: o peppermint.

A única coisa bizarra do restaurante eram os big lizards, ou melhor, grandes lagartos, que ficam circulando pelo chão e dando susto nos clientes, de 5 em 5 minutos. A garçonete chegou a nos dizer que os bichos realmente mordiam.



Reparem que as minhas pernas estão para cima e logo abaixo há um destes lagartos esfomeados. Este nem era tão grande, pois havia lagartos bem maiores.

É difícil de achar, mas quem estiver pela região, deve ir a este templo da culinária thai! Ah, não deixe de beber a cerveja tailandesa Singha - cerveja leve e refrescante!



II) Byron Bay, New South Whales


Conforme já dito Byron Bay fica ao sul de Brisbane. A diferença é que Byron Bay fica no estado de New South Whales - quase na fronteira. É onde o território da Austrália se encontra mais ao leste, onde o sol amanhece primeiro.


Se Noosa se assemelha a Búzios, Byron Bay lembra Saquarema (que comparação horrorosa! Não tem nada a ver!) - é um centro de férias, de surf, mas a cidade não é tão glamorosa quanto Noosa. No entanto, a cidade respira 100% surf. (Ver foto da onda em The Pass). Além do surf há uns hippies perdidos por lá desde a interminável década de 70. Aliás... não apenas em Byron Bay, como em toda a Austrália. Mas, sem dúvida, Byon Bay é uma cidade concentradora de malucos.


O por do sol no alto da colina onde se encontra o farol é lindíssimo. A esquerda do farol há diversas praias, e um parque natural que vai de Main Beach até o topo do farol. A direita do farol há uma praia deserta que me lembrou e muito a praia do Rosa Norte, em 1994, antes da ocupação (ver foto ao lado). Lindo de morrer.


Em um dia de sol, pela manhã, fomos no topo do farol e tivemos a oportunidade de ver, lá do alto, um cardume de golfinhos nadando contra as ondas, uma raia jamanta e uma enorme tartaruga passeando pela baia do farol. Há, aliás, um passeio de caiaque em grupo que leva diversos "atletas turistas" ao encontro de cardumes de golfinhos. Bom... Eu tenho o hábito de dizer: onde há golfinho, há tubarão. E lá em Byron há mesmo!


Eu, particularmente, adorei Byron Bay. Se tiver que escolher entre Byron Bay ou Noosa o segredo é escolher a cidade de acordo com seu estilo: se o seu estilo é mais descontraído, não deixe de ir a Byron Bay; no entanto, se o seu estilo é mais chique-sofisticado Noosa irá lhe agradar mais.

Agora, uma coisa que me surpreendeu foi a quantidade de deadly creatures em Byron Bay: nos gramados, a caminho do farol, vi uma Brown Snake (super venenosa); vimos um ataque de Stinger Ray, pequenas raias brancas (se camuflam no fundo da areia) que picam, principalmente, crianças; ataque Blue Bottles (uma espécie de água viva, foto abaixo).



Vimos crianças berrarem de dor, em um posto de salva vida na Main Beach, devido a um ataque das Blue Bottles. A pele ficava vermelha e o veneno das águas vivas dava a impressão de que a pele das crianças havia sido chicoteada... Em alto relevo. Nunca vi nada igual! Para acalmar as crianças, os guarda-vidas davam oxigênio.

Mas tirando os perigos naturais, Byron Bay é linda. E gostosa... Mas há os seus perigos culinários também!


II.1) Byron Beach Cafe Restaurant
Beach front, Clarkes Beach, Lawson Street, Byron Bay - New South Whales
Tel.: +61 (2) 6685 8400
http://www.byronbeachcafe.com.au/

Byron Beach Cafe é um restaurante quiosque no meio da praia (Clarkes Beach), no início da subida para o farol. É ótimo para um café da manhã, mas também tem opções para almoço e jantar. Ah... é super concorrido... Se acordar tarde, tem uma filinha, que anda rápido.


No tocante ao café da manhã, é aquilo mesmo dos cafés australianos: ovos mexidos com bacon e torrada, suco de laranja dificilmente natural, capucinos, etc. Lembro que o que valeu nesse café da manhã foi a vista, pois o atendimento, embora simpático, foi lento e confuso. Mas, de férias, não tenho muito do que reclamar! Uma dádiva comer de frente de uma praia tão bonita! (Ver acima, foto da agitação das meninas na praia desde cedo!!)


II.2) Savvy
Level 2, 4/9 Fletcher Street, Byron Bay - New South Whales
+61 (0)2 6685 7856
http://www.savvybyron.com.au/

Esse restaurante é sensacional. Fica em um segundo andar de uma casa, pequeno, mas muito interessante. Ne verdade, ele se auto intitula como sendo um Teppanyaki Lounge Bar. Mas que diabos significa Teppanyaki?



Bom, o nosso cicerone gourmet, Fernando Camacho, explicou que o Teppanyaki é um churrasco japonês, feito em uma chapa lisa. A história diz que essa comida ganhou fama no Japão após os japoneses perceberem que os ocidentais gostavam dos rituais e, principalmente, da comida grelhada - teppan é chapa e yaki é grelhado.

Na verdade o cozinheiro fica em um "fogão chapa" e em seu entorno - como em um bar - diversos clientes. E o cozinheiro é um show a parte: faz malabarismos com a comida, serve a todos fazendo lançamentos certeiros, faz fogo se levantar causando frisson nos comensais, etc.



Bom, não ficamos ao redor do "chapeiro". Mas assistimos tudo bem próximo sem o risco de sermos "queimados" pelas suas acrobacias. No tocante à comida, tudo que é grelhado é servido: vieiras, camarões, frango, carne bovina... E uma diversidade de vegetais também. Destaque para o tempero das carnes - delicioso! Acredito que era feito com molho teriaky.

Quem for na região, não pode deixar de ver este espetáculo.

II.3) Orient Express
1/2 Fletcher Street, Byron Bay - New South Whales
+61 (0)2 6680-8808
http://www.totaltravel.com.au/travel/nsw/northernrivers/byronbay/dining-bars/restaurants-cafes/orient-express


A nossa experiência neste restaurante também foi um espetáculo... Mas de horror!

Esse fiz questão de escrever/comentar para alertar as pessoas dos riscos de pedir um prato sem saber exatamente o que é...

O Orient Express é um restaurante típico chinês, que fica de frente para o restaurante comentado acima, o Savvy... Exatamente, do outro lado da rua. Com uma decoração muito bonita, você é recebido por uma estátua do Buda.



Lembro que o primeiro grande problema do restaurante era o calor: mesmo com o ar condicionado ligado, era impossível não sentir um desconforto. Como as portas do restaurantes ficavam constantemente abertas, o ar não dava vazão para o fluxo de pessoas no seu recinto.

Pedimos entradas bem gostosas... Lembro de uma panquequinha de pato mandarim com pepino, echalote e soja. Fantástica.

Como prato principal, eu pedi um salmão delicioso e a Carol pediu o Hot Pot of Mirin (braised chicken with cinnamon and star anise) - eu ainda perguntei a ela "você tem certeza de que quer pedir este prato". A reposta dela foi enfática "Tenho sim! É de frango e eu adoro frango..." Sabendo que um prato que se chama Hot Pot of Mirin não poderia apenas ser um simples frango, insisti novamente na frente do garçom, mas, ela confirmou novamente!

Quando os pratos chegaram e eu já me deliciando com o meu salmão, escuto a seguinte pérola: "eu não quero comer esse prato não, vamos trocar!". Repliquei: "Como é que é?". Bom, troquei de prato, mas o fato é que o prato era horrível mesmo... Era uma galinha feita em um caldo, que eu imagino que continha anis estrelado - o caldo tinha gosto de canela. Era impossível não ficar ligeiramente enjoado! O pior é que o cardápio não dava muitos detalhes sobre quais eram os ingredientes do prato.



Lembram que no tópico acima, quando falei sobre o restaurante de Nossa, o Spirit House, eu comentei super bem sobre o sorvete de anis estrelado? Pois é... Cada pessoa tolera de alguma forma os temperos e os sabores. De alguma forma... Não de todas!

No final a Carol ainda foi reclamar com o garçom, dizendo que o prato estava "terrible" mas, aí.... Já era tarde demais. Anotem aí: se não gosta de misturar doces muito exóticos com pratos salgados, nunca peça esse tal de Hot Pot of Mirin nos restaurantes orientais, do Brasil ou de qualquer outro canto do mundo!


III) Brisbane, Queensland


Começamos em Noosa, que fica no estado de Queensland, depois fomos para Byron Bay, no estado de New South Whales e retornamos para Brisbane, capital do estado de Queensland. Foi exatamente isso que fizemos em nosso itinerário. Por isso descrevi esse zig zag.

Brisbane, ao contrário das demais, não é uma cidade de férias. É uma cidade grande. Mas se compararmos com o Rio de Janeiro, ou mesmo com uma cidade como Sydney, vai parecer uma cidade pequena.


A cidade, que já foi colônia penal, hoje está no entorno do Brisbane River. O Brisbane River corta a cidade em forma de S. Como em Sdney, é possível ir aos principais pontos de Brisbane usando os catamarãs (os Citycats) que cortam o rio.

Em Southbank há uma piscina pública que deixaria muita piscina de cluble com inveja... Tem uma areia, que constitui uma praia artificial - na verdade a cidade está a cerca de 20 km das praias.


De frente para a piscina pública encontra-se o centro de Brisbane: diversos prédios altos, shoppings, restaurantes e etc. Na prolongação do centro de Brisbane, bem na ponta, há o Botanic Garden - um grande e belo parque no meio de tudo. Os locais correm, treinam rugby ou simplesmente passeiam.

Embora tenha ficado muito pouco tempo em Brisbane, deu para notar que ela tem muito em qualidade de vida. Não sei se isso vai continuar, pois o que mais me impressionou por lá foi a quantidade de construções: prédios, casas, estradas, viadutos... Tudo está crescendo a uma velocidade extraordinária! Impressionante.


Ah, não posso deixar de comentar: um passeio que é obrigatório aos visitantes de Brisbane é visitar o Lone Pine Koala Sanctuary. É uma espécie de zoológico, onde os grandes destaques são: o abraço com os coalas (uma espécie de urso preguiça que dorme cerca de 20 horas por dia); e o passeio com os cangurus (você ainda pode alimentá-los). O Lone Pine Koala Sanctuary não é tão belo quanto o Taronga Zoo, de Sydney, mas é muito bem cuidado e possui uma diversidade de animais fantástica.
http://www.koala.net/index.php

Observação: um fato curisoso que eu não tinha a menor idéia é que os cangurus são animais bem agressivos. Ao ver cangurus selvagens, não se deve aproximar, pois eles atacam. Primeiramente eles abraçam a vítima, depois eles se apoiam com a cauda e em seguida dão um belo coice. Existem relatos que eles são excelentes nadadores também e afogam, nos rios, cães de caça que os seguem pelos bosques... Realmente, bizarro. Felizmente os cangurus do Lone Pine Koala Sanctuary são bem mansos.

Outra coisa que vale a pena conferir, estando em Brisbane, é a programação do The Tivoli - uma casa de espetáculo sensacional. Sempre com bons shows, tivemos a oportunidade de assistir a performance da banda John Butler Trio, que vai do folke ao jazz na mesma música - uma cortesia do gourmet Camacho. Que banda, que músicos. Excelentes! Vale a pena checar, hein?!
http://www.thetivoli.net.au/

E quanto à comida? Como ficamos lá apenas duas noites, fomos a apenas três restaurantes por lá. No entanto falarei de apenas 2.

III.1) Belgium Beer Café Brussels
Coner Mary street and Edward Street, Brisbane - Queensland
Tel.: +61 (07) 3221-0199
http://www.belgianbeercafebrussels.com.au/


Como dito no primeiro post, a Austrália tem comida de tudo que é lugar. Não poderia deixar de ter um pub belga. De alta categoria, e com um atendimento muito cortês. O Belgium Beer Bar fica em um casarão em um estilo arquitetônico belga. É literalmente um pub onde diversas pessoas que trabalham no centro vão para almoçar.



Decidimos almoçar neste pub belga e o que me lembro é que eu fiquei pasmo ao ver a quantidade de boas cervejas disponíveis a um preço pagável. Com 7, 8 reais era possível tomar cervejas, que aqui não saem por menos de R$ 20,00 nos supermercados.

Quando eu vi esse disparate entre os preços das cervejas cobrados na Austrália e no Brasil é que eu me toquei: é impressionante como as coisas no Brasil são caras. Não sei se é por causa dos impostos, ou por causa dos empresários gulosos por lucros. Eu acredito que a culpa é de ambos: os políticos e o empresariado não têm pena de nós, brasileiros. O resultado é roupa cara, comida cara, eletro-eletrônico caro e essa ineficiência na saúde, na segurança pública e etc.



Voltando as cervejas, tive que beber algumas. Como estas cervejas possuem um teor alcoólico muito forte, pode ser que eu tenha me esquecido de algumas a mais que eu tenha bebido... Mas lembro de ter bebido uma Chimay-Triple (minha primeira), uma Hoegarden e, por último, a que eu mais gostei, uma Duvel.



A comida era sensacional também. Eu pedi um prato tipicamente belga: Moules avec frites, que é na verdade mexilhões cozidos em uma cassarola com batatas fritas. Outro prato que me pareceu sensacional foi Lamb Rack: uma costeleta de cordeiro, muito bem apresentada e muito bem comentada. Demais!


III.2) Wilson Boat House
Portside Wharf, Shop 1, 39 Hercules Street, Hamilton - Queensland
Tel.: +61 (07) 3868-4480
http://www.wilsonsboathouse.com.au/ham_venue.html

O grande problema da Austrália de um modo geral é que os restaurantes fecham muito cedo. Por volta das 22:00 h, periga não se encontrar restaurantes abertos - principalmente se for aqueles dias mais mortos, como os dias de domingo.

O casal gourmet tentou nos levar, exatamente em um domingo, em um restaurante que eles disseram que era muito bom. Ao chegarmos no local, descobrimos que o restaurante estava fechado. Como o restaurante ficava em uma espécie de shopping, em um cais junto ao rio, resolvemos dar uma andada pelo board walking e avistamos o Wilson Boat House ainda aberto.

O restaurante estava com bastante pessoas ainda, então resolvemos conehcê-lo. Se tratava de um restaurante de peixes e frutos do mar. Mas havia outras possibilidades também. O restaurante possuía janelões abertos para o rio, o que deve proporcionar uma bela vista para um almoço.

De entrada, pedimos umas ostras temperadas: umas com salmão, outras com pimenta... Eram diversos temperos em uma dúzia.



Sinceramente, eu não lembro o que a maioria das pessoas pediram como prato principal, mas eu fiz um pedido bem esquisito e bem curioso. Nunca tinha ouvido falar em tal espécime, mas como o nosso cicerone gourmet, Fernando Camacho, havia falado extremamente bem, resolvi experimentar... O prato se chamava sea bug (inseto do mar).

Bom, confesso que eu fiquei com receio do prato até a hora dele aparecer. Eu compararia ele a uma lagosta... Quadrada! Sério... A carne tem gosto de um camarão grande, mas o aspecto é meio caranguejo/lagosta quadrado! Ele vinha na casca, era necessário soltar, e lembro também que havia uma manteiga com ervas acompanhando. Fantástico.


Como eu imaginava, a nossa passagem por Noosa, Byron Bay e Brisbane foi acima de tudo um tour gastronômico - Camacho, você prometeu e cumpriu. We rocked again! Para continuarmos arrebentando, deixo o convite em aberto para que o nosso gourmet de plantão divida a responsabilidade deste blog comigo. Certamente ele poderá contribuir bastante!

Por último, vale agradecer novamente o carinho e a atenção com que fomos recebidos pelo Camacho, pela Chris e pela Júlia. Muito obrigado. A viagem não teria sido tão boa sem a presença de vocês.

Bom, é isso: se puder, vá a Austrália. Se for, não deixe de ir, pelo menos, a Sydney e a Byron Bay. E se for, espero que aproveite as dicas... ao menos, para comer! rs

See you mate!


Beijos e abraços,


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@viverparacomer



I) Noosa Heads, Queensland

I.1) Lindoni's Ristorante Italiano
13 Hastings Street, Noosa Heads
Tel.: +61 (07) 5447-5111
http://www.lindonis.com.au/

I.2) Spirit House Restaurant
20 Ninderry Rd, Yandina - Queensland
Tel.: +61 (07) 5446-8994
http://www.spirithouse.com.au/


II) Byron Bay, New South Whales

II.1) Byron Beach Cafe Restaurant
Beach front, Clarkes Beach, Lawson Street, Byron Bay - New South Whales
Tel.: +61 (2) 6685 8400
http://www.byronbeachcafe.com.au/

II.2) Savvy
Level 2, 4/9 Fletcher Street, Byron Bay - New South Whales
+61 (0)2 6685 7856
http://www.savvybyron.com.au/

II.3) Orient Express
1/2 Fletcher Street, Byron Bay - New South Whales
+61 (0)2 6680-8808


III) Brisbane, Queensland

III.1) Belgium Beer Café Brussels
Coner Mary street and Edward Street, Brisbane - Queensland
Tel.: +61 (07) 3221-0199
http://www.belgianbeercafebrussels.com.au/

III.2) Wilson Boat House
Portside Wharf, Shop 1, 39 Hercules Street, Hamilton - Queensland
Tel.: +61 (07) 3868-4480
http://www.wilsonsboathouse.com.au/ham_venue.html

terça-feira, 13 de abril de 2010

Melbourne

Amigos e amigas,

Melbourne é a minha segunda parada na trilogia das resenhas sobre a Austrália. E, desde antes de eu viajar para Austrália, tenho escutado que Sydney era uma cidade legal, mas que Melbourne era uma cidade chata. Que Sydney está para o Rio, assim como Melbourne estaria para São Paulo. Bom, mesmo que essa comparação fosse válida, para mim não significaria desqualificar nenhuma cidade ao compará-la com São Paulo, visto que a capital paulista, na minha opinião, é fascinante - principalmente se você gosta de ir a bons restaurantes.


Mas Melbourne não é nada disso: com toda as suas características diferenciadas, Melbourne é uma cidade fascinante também. Talvez ela tenha um ar mais "europeu", até mais formal que Sydney... Certamente, o clima é mais frio, mesmo no verão... Talvez a vida circule mais no entorno do Centre Business District (CBD) de Melbourne... Mas e daí? Essas características diferentes são a razão que a tornam mais atraente mesmo.

Nessa nossa estadia em Melbourne, diferentemente de Sydney e da Sunshine Coast, nós não tivemos cicerones e, desta forma, tivemos que procurar saber o que existia de legal para fazer por lá. Descobrimos muitas coisas interessantes, não só em Melbourne, como também nos arredores... Quais eram as ruas de passeio e quais as ruas mais boêmias. Por último, soubemos por duas pessoas diferentes que os restaurantes gregos estavam na moda por lá - fiquei maravilhado pois, como não tinha a mínima idéia do que seria a comida grega, poderia fazer tal experiência gastronômica.

Como no post anterior, farei uma introdução histórica, posteriormente darei dicas de passeios em Melbourne e pelos arredores e, por último, farei as indicações de alguns restaurantes.

Melbourne, Victoria

Melbourne fica mais ao sul de Sydney, a cerca de 1 hora de avião e é a capital do Estado de Victoria, possuindo a segunda maior população dentre todas as cidades australianas, com cerca de 3,7 milhões de pessoas. Fundada em 1835, teve a sua explosão demográfica nos anos 50 do século XIX, com a corrida do ouro na região (gold rush).


Depois da Segunda Guerra Mundial, houve uma campanha do governo australiano para que diversas pessoas imigrassem para o local - há muitos asiáticos e indianos em Melbourne.

Hoje Melbourne, que já foi a capital da Austrália (de 1901 à 1927), é o segundo pólo econômico mais importante da Austrália: possui indústrias de construção naval, de maquinaria agrícola e têxtil; exporta algodão e bens agrícolas, agro-industriais e de transportes.

Se Sydney tem uma vocação praiana, Melbourne tem uma vocação para os esportes de um modo geral: sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 1956. Atualmente, é a sede do

Grande Prêmio de F1 (que já foi a cidade de Adelaide) e também é a cidade que sedia o Australian Open de Tênis - uma das 4 etapas do Grand Slam, juntamente com Roland Garros, Winbledon e US Open.



Melbourne também está a uma hora e meia de Bells Beach - praia lendária que sedia o tradicional campeonato de surf patrocinado pela Rip Curl, o Bells Beach Pro. A curiosidade maior do tradicional campeonato é que um sino representa o troféu do torneio, já balançado por diversos campeões desde 1961.



Bells Beach ficou famosa não apenas entre os surfistas, como também de cinéfilos e fãs de Patrick Swayze e Keanu Reeves - quem não lembra da cena final de Caçadores de Emoção (Point Brak), em que o ladrão de bancos, Patrick Swayze, pede para que o policial, Keanu Reeves, não o prenda antes dele surfar a maior onda do século, em Bells Beach?

A cidade recebe anualmente mais de um milhão de turistas estrangeiros e mais de 7 milhões de australianos, sendo um dos principais destinos turísticos do país. Existem vários pontos de interesse, como as Torres Rialto e a Torre Eureka, além de vários parques, museus, entre outras atrações. Um charme a mais é o Yarra River que corta Melbourne ao meio, limitando o Centre Business District na margem direita do rio e o boardwalk do Southbank, com os seus diversos restaurantes, na margem esquerda.



Mas o que me chamou atenção, logo de cara ao chegarmos no aeroporto de Melbourne, foi a acessibilidade do aeroporto - que, diga-se de passagem, é longe pra dedéu do centro da cidade (CBD) - ao centro de Melbourne através de ônibus (shuttles).

Existem ao menos duas companhias, a saber, a Skybus e a Starbus, que te levam (e trazem) do aeroporto ao hotel, por, respectivamente, AU$ 16,00 e AU$ 15,00. Ônibus que têm saídas regulares de 5 em 5 minutos nos horários mais busy... Um sonho para qualquer turista. Com destaque para o Starbus que faz uma viagem direta, sem paradas intermediárias, e ainda por cima é AU$ 1,00 mais barato. Ficam abaixo os links das empresas:
http://www.skybus.com.au/
http://www.starbus.net.au/

Enquanto isso, aqui no Rio de Janeiro, ao chegarmos ao aeroporto internacional, nós ficamos entre pagar uma fortuna para taxistas que se negam a ligar o taxímetro, ou esperar horas pelo ônibus que faz um trajeto rígido, não atendendo a todos, com um histórico horroroso de constantes assaltos.



Além desta rede de ônibus ligando o Centre Business District (CBD) ao aeroporto, Melbourne oferece mais: há uma linha de bonde (tram) que circunda o CBD totalmente gratuita. Tá certo que é super cheio, mas é uma mão na roda em alguns momentos. O CBD é uma área que forma um quadrado acima do Yarra river e este bonde gratuito circunda todas as suas fronteiras, levando moradores, estudantes e turistas a um passeio pelo centro.



Antes de adentrarmos nos restaurantes de Melbourne, vale comentar sobre algumas atrações que estão ao lado de Melbourne, não mais do que 3 horas e meia e que são uma boa oportunidade para quem está na cidade. Como eu fiquei apenas 4 noites, indicarei atrações inclusive que não fui - por pura falta de tempo - mas que eu me lamento de não ter ido.

- Great Ocean Road e os 12 Apóstolos

A Great Ocean Road é a estrada a beira-mar que vai de Melbourne a Adelaide e tem uma vista impecável, tanto dos Doze Apóstolos, como de praias, vilarejos e florestas.


É, sem dúvida nenhuma, uma das estradas mais belas que eu já viajei e, pasme, sem nenhum buraco! Único problema é dirigir em uma estrada tão bonita no banco do carona.
É... A Austrália segue as regras inglesas e o motorista fica no lado direito, não no esquerdo. Às vezes dá uma confusão...



Não chegamos ir até Adelaide (que fica em outro Estado, em South Australia), mas fomos até a cidade de Port Campbell, localizada no meio do caminho entre Melbourne e a fronteira do Estado de Victoria. Nessa rota é possível passar na cidade Torquay e visitar o museu do surf; visitar a meca do surf, Bells Beach, ver as belas praias de Lorne e almoçar em Apollo Bay.

Ao lado de Port Campbell, mais ou menos 5 minutos, estão os 12 Apóstolos. Os Doze Apóstolos são esculturas de pedra de até 70m de altura, que se soltaram do continente e foram esculpidos pela erosão do vento e da água do mar ao longo dos anos.



A erosão continua e o título de “Doze Apóstolos”, dado na década de 1950, se tornou uma falácia, já que, hoje, apenas oito colunas resistem à erosão. A nona, que possuía 50 metros de altura, colapsou em 3 de julho de 2005. Toda a beleza da região, infelizmente, está extremamente ameaçada: a taxa erosão na base das colunas calcárias é de aproximadamente dois centímetros por ano.

- Philip Island e a Parada de Pinguins

Este é um dos tours que não fiz e gostaria de fazer. Philip Island fica ao sul de Melbourne, a cerca de 1 hora e meia, e o principal destaque desta ilha é ver o ritual dos pinguins que, ao anoitecer, desfilam pelas areias das praias.



Philip Island também é conhecida pelo seu autódromo, que serve como sede da etapa australiana do circuito de moto-velocidade. Já escutei que é possível correr neste circuito de kart fora da temporada.

E, para quem surfa, Philip Island também tem as suas ondas...

- Yarra Valley

Yarra Valley é mais uma região de vinícolas da Austrália. Os vinhos produzidos lá são considerados um dos melhores da Austrália. O clima é mais frio e mais úmido do que o clima de Hunter Valley e o seu terroir produz diversas cepas de alta qualidade, como por exemplo, Shiraz (ou Syrah, que é a uva mais cultivada pelos campos australianos), Pinot Noir, Chardonay, Sauvignon Blanc.



O Pinot Noir cultivado em Yarra Valley é considerado o melhor da Austrália.
Pela sua proximidade com a cidade de Melbourne (menos de 1 hora e meia), há muitos turistas na região. Diversas vinícolas abrem para degustação - dentre todas, recomendo aos interessados procurarem verificar sobre os horários da casa Yering Station, considerado, por muitos, um dos melhores vinhos de toda a Austrália. Deixo abaixo o site da casa:
http://www.yering.com/cpa/htm/htm_home.asp?siteClass=yering



Há diversas empresas que promovem excursões de um dia para Yarra Valley e para os campos de Dandenong, para os que não querem beber e dirigir pelas estradas de mão inglesa. Há inclusive passeios que cruzam os campos de Dandenong através do Puffing Billy - o trem a vapor mais antigo em funcionamento.

A empresa de turismo que utilizamos foi a AAT Kings que opera não apenas em Melbourne, como em toda a Austrália e Nova Zelândia. Dê uma olhadela nos passeios oferecidos por ela no site:
http://www.aatkings.com/

E quanto à comida de Melbourne? Vamos lá:

1) Caffé Sienna Ristorante
Shop 2/402 Chapel Street, South Yarra, Victoria
+61 3 9827-1353
http://www.caffesienna.com.au/

Como dito anteriormente, o Centre Business District (CBD) de Melbourne é uma área retangular, limitado ao sul pelo Yarra River. Do outro lado do rio há o bairro de SouthBank com o seu Boardwalk Promenade lotado de restaurantes para todos os gostos.
Dentro do complexo do Crown Towers Hotel, também no Boardwalk Promenade, há diversos restaurantes sofisticados. Dentre eles, destacam-se: o Nobu, célebre em todo mundo, e o Bistro Guillaume, pertencente ao chefe Guillaume Brahimi, mesmo proprietário do Guillaume At Bennelong em Sydney.



Mais ao Sul de Southbank, há o bairro de Melbourne South, à esquerda, e o Royal Botanic Gardens, à direita. Justamente um pouco mais abaixo do Royal Botanic Gardens é que se encontra o bairro South Yarra e a famosa Chapel Street com todo o seu esplendor: jovens, locais e, sobretudo, gente bonita desfila nesta rua atrás das lojas de roupa e/ou restaurantes.

Chapel Street disputa 'quem tem mais restaurantes' com a esquina das ruas entre a Acland Street e Fitzroy Street. Há um burburinho nesta esquina, que está a alguns passos de St Kilda Beach... É... Em Melbourne também tem praia! E vale dar uma passeio por lá - não digo ir à praia pois, mesmo no verão, é frio. Mas passear e conhecer toda esta região!



Mas... Bom, Chapel Street é mais divertida, tem mais restaurantes e é mais elegante. Como a Chapel Street é bem longa, recomendo ao aventureiro explorá-la a partir da Commercial Road.

Subindo quatro ruas mais ao norte da Commercial Road se encontra o Caffé Sienna Ristorante - acho que não é necessário dizer que serve comida italiana. Com várias mesas e cadeiras espalhadas em uma varanda na calçada, lembra muito os cafés e restaurantes europeus. Sem dúvida, é um daqueles restaurantes que dá vontade de comer só de passar diante de sua fachada. Nós não resistimos!



Pedimos duas entradas deliciosas: uma pizza branca temperada com diversas ervas e um queijo, que me lembrou muito o nosso queijo coalho, ligeiramente mais derretido e que possuía uma casquinha crocante.

O clima do restaurante era não apenas de almoço, mas de encontrar os amigos e degustar um vinho durante a tarde. Como em alguns cafés parisienses, tive a impressão de que o povo dessa cidade tem o hábito de ficar mais nos restaurantes desta rua, do que na praia de St Kilda Beach. Talvez o que explique isso seja a cidade ser mais friorenta, mesmo no verão, do que as demais cidades australianas.

2) Madame Sousou
231 Brunswick St, Fitzroy, Victoria
Phone: +61 3 9417 0400

Se ao sul do CBD de Melbourne você encontra a sofisticação de Chapel Street, ao norte você encontra a parte mais boêmia da cidade. Brunswick Street é considerada a rua dos estudantes, a rua dos pubs e bares e a rua da descontração. Ir a Melbourne e não conhecer estes pubs é não conhecer a verdadeira Melbourne.



Como os pubs começam a bombar por lá depois das 17h, recomendo passear em algum lugar antes, almoçar e depois se aventurar por lá. Quando fomos lá, nós aproveitamos para conhecer os jardins do Fitzroy Gardens.

É um parcão com muito verde, com um paisagismo bem harmônico, agradável mesmo! Tem algumas alas secretas e o que me surpreendeu é que, no meio do parque, há o Cook's Cottage: a casa do capitão James Cook. Não me pergunte como a casa do capitão James Cook foi aparecer aí, pois eu não sei, mas o fato é que eles desmontaram ela na Inglaterra e reconstruíram nos jardins do Fitzroy Gardens. Imperdível!



Depois desse relax nos jardins, pegamos um tram que nos levou até a renomada Brunswick Street e entramos literalmente no primeiro pub/restaurante que encontramos: Madame Sousou. Com um ar de pub francês, bebi uma autêntica cerveja australiana: uma Crown Lager! Os australianos Marquinhos e Tina, em visita ao Brasil, estiveram ontem em minha casa e disseram que a boa mesmo é a Coopers. Pode ser... Mas que é a Crown tem mais sabor, isso tem!


(Ver foto ao lado da garrafa da Crown. Obs.: A foto foi tirada no Darling Harbour Mall, em Sydney, e é possível ver ao fundo o Sydney Tower).

3) The Press Club
72 Flinders Street,Centre Business District, Victoria
Phone: +61 3 9677 9677
http://www.thepressclub.com.au/

O nosso cicerone da Sunshine Coast, Fernado Camacho, quando soube que estávamos em Melbourne, me ligou e falou o seguinte: "Cara, não deixe de ir aos restaurantes do chefe sensação daqui da Austrália... O nome dele é George Calombaris. Ele é o Claude Troisgros daqui e é juiz de um programa de super audiência, chamado Masterchef."
Bom, depois dessas recomendações de um gourmet tão assíduo da alta gastronomia, tive que investigar a fundo... Descobri que ele possuía dois restaurantes em Melbourne, a saber, o The Press Club e o Hellenic Republic. Como o The Press Club era na rua do nosso hotel, não tive dúvida em qual restaurante iríamos.

O restaurante se auto-intitulava sendo de comida grega e chipriana contemporânea. Aliás, não sei se devido à influência deste chefe, descobri que estava na moda em Melbourne comida grega. Mas, se seria uma oportunidade para eu conhecer sobre a comida grega, também seria uma dificuldade entender ou saber escolher o que comer - lembro que o cardápio na Austrália é inglês e os temperos locais são característicos daquela região, não havendo tradução.

Por isso mesmo arriscamos em um menu confiance que serviria entrada, prato principal e sobremesa de acordo com as escolhas do chefe. Carol solicitou que trocasse um ou outro item, mas tudo deu certo. E como!



Posso afirmar que foi uma das minhas melhores experiências gastronômicas de todos os tempos. Não dá para dizer que era grego, pois tinha tanta invencionice. Mas tudo de bom gosto! Destaque para a barriga de porco (em qualquer lugar se diria toucinho), da batata frita com raspas de camarão no nitrogênio líquido (parecia comida do laboratório do Dexter, mas delicioso), uma entrada de sashimis de peixes australianos e um charme particular do chef: um dos pratos foi servido num prato em que, ao lado da comida, vinham pedras de Mikonos, as quais serviam para massagearmos as mãos.... Destaque também para o grand final: a sobremesa era uma mousse de chocolate feita na hora pela garçonete na nossa frente, com chocolate e azeite! Incrível!

4) Chocolate Buddha
Corner Swanston & Flinders Streets - Federation Square, Victoria
+61 3 9654-5688
http://www.chocolatebuddha.com.au/

Um lugar que não se deve deixar de ir em Melbourne é no Federation Square. Com uma arquitetura ultra contemporânea, a Federation Square é uma praça no centro de Melbourne.

Além de diversos eventos culturais que atrai zilhões de turistas, a Federation Square possui um museu de cinema - o Australian Centre for the Moving Image (ACMI). Naturalmente, os atores e filmes australianos estão em destaque. Mas é possível ver a história do cinema exposta em diversas alas pelo museu. Para quem é cinéfilo, não existe programa mais imperdível.



E que tal comer no próprio Federation Square? O Federation Square possui diversos restaurantes bem charmosos. O Chocolate Buddha, por exemplo, é um japonês muito agradável. E a comida é de primeiríssima, sem invencionisse. Sushi, sahimi e gyoza compõem o cardápio da casa. Destaque especial para o Ebi Tempura - camarões com crocância máxima.

Neste restaurante é ainda possível assistir atores australianos discutindo sobre roteiros, filmes e negócios. Bom, ao menos nós tivemos a oportunidade de presenciar tal acontecimento, rs!

5) Pharan Market
163 Commercial Road, South Yarra, Victoria

Por último, deixo uma dica para quem realmente é amante de comida. Para aqueles que se emocionam em ver os alimentos no mercado, que gostam de ir a mercados e se deliciam com a organização e disposição em que os bons mercados tratam os alimentos. Para este apaixonado, o Pharan Market é o seu lugar.



Todos os tipos de frutos do mar, diversos tipos de queijos e frios, lindos steaks bovinos, caprinos e suínos, muitas frutas, verduras e ervas, em um ambiente limpo, bem iluminado, organizado. Não perde para nenhum belo mercado de Paris e de NY. A título de comparação: o Dean and Deluca, em NYC, é lindo, mas é na verdade uma delicatessen... Não é um mercado. Já o Pharam Market tem um tamanho bem razoável, com diversos restaurantes dentro do complexo, bem agradáveis. Lembra, em termos de estrutura, a Cobal do Leblon e/ou do Humaitá.

Vale comentar que o Pharan Market é um dos mercados mais antigos de Melbourne em funcionamento ininterrupto. Ao contrário do Queen Victoria Market - outro mercado famoso de Melbourne, que fica localizado em uma área não muito nobre, na fronteira do CBD -, o Pharan Market está muito bem localizado, em uma rua quase na esquina da Chapel Street.

That's All Folks!

Melbourne é fria, mesmo no verão. Mas não se engane - é uma cidade tão plural, tão cheia de opções, que aquece qualquer pessoa que tenha um mínimo de curiosidade. E, para viajar, isso nós não devemos deixar de ter!

Beijos e abraços,

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@viverparacomer



1) Caffé Sienna Ristorante
Shop 2/402 Chapel Street, South Yarra, Victoria
+61 3 9827-1353
http://www.caffesienna.com.au/

2) Madame Sousou
231 Brunswick St, Fitzroy, Victoria
Phone: +61 3 9417 0400

3) The Press Club
72 Flinders Street,Centre Business District, Victoria
Phone: +61 3 9677 9677
http://www.thepressclub.com.au/

4) Chocolate Buddha
Corner Swanston & Flinders Streets - Federation Square, Victoria
+61 3 9654-5688
http://www.chocolatebuddha.com.au/

5) Pharan Market
163 Commercial Road, South Yarra, Victoria

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!